Nas últimas eleições para a Assembleia da República só participaram 5,5 dos 9,6 milhões de inscritos, fazendo das abstenções o “partido” com maior expressão, contudo foram eleitos deputados para 100% dos lugares na AR. Mesmo que apenas tivessem votado 500 mil eleitores o resultado seria o mesmo! Isto é, se as pessoas estiverem descontentes com o trabalho dos seus representantes, e resolverem não votar em nenhum – abstendo-se, votando em branco ou anulando o voto – isso, lamentavelmente, não tem quaisquer consequências.
Este sistema é injusto, porque em todas as actividades os vendedores precisam dos votos favoráveis dos compradores (em Euros) para que o negócio se efective, enquanto aos políticos bastará não terem menos votos que os seus concorrentes.
Desta forma, quem quiser expressar o seu desencanto não tem possibilidade de o fazer, estando mais que visto que o Parlamento não representa a população, pois cerca de metade dos eleitores nem votaram em nenhum dos eleitos! Uma lei eleitoral que traduzisse o afastamento dos cidadãos da vida política por lugares vazios, certamente introduziria maior competitividade na luta política, aproximando os deputados dos cidadãos e dignificando a actividade política.
Já sei que nenhum dos partidos acolherá esta ideia, mas escrevê-la aqui é a única forma de expressão que a democracia me oferece.
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