Nuno Crato elogiou o profissionalismo dos professores que permitiram que 60% dos alunos do ensino público - e a totalidade dos estudantes do privado - tivessem realizado o seu exame de Português, hoje, 17 de Junho.
Gostaria de testemunhar, que contrariamente ao que disse o Ministro, só mesmo o desenquadramento da classe, terá permitido que alguns professorecos tivessem assegurado a realização das provas em condições deploráveis.
Na minha Escola foi assim:
Direcção: 100% em greve exceptuando o Director.
Secretariado: 100% em greve excepto uma professoreca.
Coadjuvantes: 100% em greve.
Suplentes: Evidentemente, nem pensar.
Professores do ENES: 100% em greve.
Vigilantes: Somente com os professores da nossa escola não haveriam vigilantes suficientes, mas entraram 8 professorecas do 1º ciclo, que passaram recentemente a fazer parte do Agrupamento. Mesmo assim, logo no início, excluíram todos os estudantes com necessidades educativas especiais, e os alunos de PLNM... mandando à fava os pergaminhos de escola multicultural.
Traíram a classe:
- professorecas próximas da reforma, que não serão afectadas por nada que se venha a passar;
- professorecas QZP’s que não têm a menor esperança de continuar na Escola;
- professorecas infofóbicas, incapazes de agarrar num rato;
- professorecas que nunca conseguiram levantar-se de manhã, faltando a todas reuniões marcadas para as 08:30;
- professorecas com pó a colegas que as ultrapassaram nos concursos;
- professorecas que têm argumentado precisar de um horário à noite, porque não suportarão os alunos do turno diurno;
- professorecos que vão à Escola fazer umas horas para complementar o salário que recebem no seu atelier...
Com estes, Nuno Crato ganhou esta batalha, mas não chegará a lado nenhum!
Note-se que exceptuando o Director, todas as chefias da escola fizeram greve.
Mesmo assim, realizaram-se 100% das provas de Português, o suficiente para Nuno Crato cantar a sua vitória e continuar a humilhar os docentes.
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