Assistiu-se entre nós a um diálogo extremado entre duas posições antagónicas:
1 - Os sindicatos pretendem que se perpetue o modelo de “avaliação” anterior, que permite a cada professor passar confortavelmente toda a sua carreira sem dar cavaco a ninguém;
2 - O ME quer impor um modelo industrial que tem subjacente a distribuição normal, forçando os professores a distribuir entre si uma quota limitada de “excelentes” e de “muito bons”, situação geradora de conflitos no quotidiano das escolas.
O primeiro cenário é propício à pasmaceira e acomodação dos docentes ao doce fare niente, que desmotiva aqueles que tomem a dignidade da profissão a sério, isto é, para além das palavras de ordem, interiorizando-a no seu quotidiano escolar. Porém o segundo, é um conjunto de escalas semelhantes às que os professores utilizam para classificarem os seus alunos, e que a generalidade deles até pensa que são objectivas, apenas porque lhes permitem objectivar as notas. Ambas realizam a magia de medir o não mensurável, esquecendo frequentemente o que é importante.
Uma forma de nos afastarmos deste diálogo do Terceiro Mundo, é olharmos para um país que é sempre apresentado como referência quando se debatem os resultados escolares internacionais a Matemática. Na Finlândia os professores não andam enrolados em “objectivos individuais” em função do “plano educativo”, blá, blá, blá,... Respondem perante um “principal” que lhes estabelece os objectivos.
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Fonte:
http://www.eurydice.org/ressources/eurydice/eurybase/pdf/0_integral/FI_EN.pdf
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